Eu, “Crashh”, na Bolsa…

Quero contar-vos aqui a minha história na Bolsa, como ganhei muito dinheiro na altura, fiz acções subirem na Bolsa Nacional, criei um canal de IRC falado nos media, fui jantar de tshirt com presidentes de bancos e corretoras, prémios, portais, sistemas de trading, e 1001 coisas mais.

A história do “Crashh” dos tempos do IRC na Bolsa nacional.

Eu só entrei em força na Bolsa em 1999. Antes disso tive uma primeira aproximação mais cedo, mas falo mais no fim sobre ela.

Partilharei vários vídeos nesta página, que lancei em 2018 no YouTube, no ano em que decidi parar de tentar ser o mais anónimo possível, e guardar memórias em vídeo para a posteridade (porque nunca se sabe o Futuro e achei que o que tinha vivido merecia ser partilhado).

O primeiro vídeo é uma introdução rápida sobre quem eu sou na Bolsa:

Mas a aventura mais engraçada foi quando fui ao jantar de gala do Netbolsa 2000 com presidentes de bancos, corretoras e empresas, de tshirt. Foi bastante engraçado, espreitem mais abaixo a história, mas antes de continuarem esta página, deixo aqui o vídeo para terem ideia do tipo de vídeos que vou apresentar ao longo deste texto, mas se vão ler o texto, deixem o vídeo para depois, pois repito-o mais abaixo novamente (desculpem o pleonasmo):

Primeiro, em 1998, sendo eu um polímata auto-didacta, habituado a aprender todo o tipo de coisas com bastante rapidez (desde que haja motivação), já tinha espreitado os mercados de capitais, mas gostando de experimentar muitas coisas, estava a trabalhar como técnico de Electrónica numa empresa de videojogos (pensava eu ingenuamente que ia para lá jogar haha), e…

Antes de vos contar o que me levou a decidir ir para a Bolsa, tenho de vos explicar algo com alguns parágrafos e 2 ou 3 vídeos, para que compreendam melhor o meu percurso e a facilidade com que fiz certas coisas…

Tenho de vos contar que tenho uma memória brutal, e por vezes aprendo sem saber como, o que leio vai parar ao meu cérebro algures, e por vezes quero falar de um assunto que nunca falei na vida, e parece que o meu cérebro já sabe tudo sobre isso e constrói teorias e respostas elaboradas (mas correctas) quase sem saber como, as coisas simplesmente vêm-me à cabeça. É como se tudo o que lesse algures sobre uma dada matéria, fosse guardado pelo meu cérebro algures, para poder ser utilizado quando preciso, mesmo sem eu saber.

No começo não sabia porque era assim, mas descobri mais tarde que tenho um grau muito ligeiro de Autismo (antigamente chamavam outros nomes como Asperger, mas hoje em dia faz tudo parte do espectro do Autismo), que nem se nota de forma nenhuma (notava-se quando era criança, tenho relatórios disso que só descobri em adulto em 2018), mas que me deu algumas vantagens. Eu aprendo por vezes sem sequer saber como. E por estranho que pareça, às vezes o meu cérebro até constrói respostas e explicações para coisas, com base em coisas soltas que li no Passado, e com respostas correctas. Não me perguntem como…

Parece que só tive as coisas boas do Autismo, por sorte. Mas atenção que quando falo em vantagens, há que dizer que há pequenas desvantagens que nem me afectam. Uma delas é a hiper-sensibilidade à luz (daí usar muito óculos escuros), entre outras pequenas que passam despercebidas. Mas só tive no geral as coisas boas.

Mas isso explica também porque a dada altura, eu olhava para um gráfico e simplesmente me vinha à cabeça um instinto a dizer “vai subir”, ou “vai cair”. O meu cérebro havia mecanizado tudo, a Análise Técnica, e da mesma maneira que fazia contas sem saber como (os resultados vinham-me à cabeça e até respostas para certos problemas que nunca tinha visto antes), também me começou a vir à cabeça um “feeling” de que a acção ia subir ou cair, e que me fez acertar muito na Bolsa em determinadas alturas.

Eu até fiz um vídeo em tempos, do meu curso (ainda por continuar) sobre Bolsa, em vídeo, a explicar que com o tempo desenvolvíamos uma espécie de “6º sentido” no trading, porque o nosso cérebro mecanizava as operações:

Mais tarde acabei, ao descobrir que em criança tive todos os traços principais de Autismo identificados, e a fazer testes em adulto depois, por compreender que afinal, tal “6º Sentido” poderá não ser tão comum assim nas pessoas, e pode ter sido mais uma oferta do Autismo. Há quem fale muito mal dele, mas no meu caso costumo dizer que deve ter sido o meu melhor amigo em vida, pois me deu muita coisa boa. Mas em criança Aspergers e outros autismos ligeiros não eram considerados como Autismo (só os mais dependentes o eram), por isso lá me habituei à força à Sociedade na escola, com muito custo ao que parece, inicialmente, mas safei-me, adaptei-me. 🙂

Mas deixei o vídeo online na mesma. Mas continuando…

Sobre a memória, ficam a saber por exemplo que já memorizei 500 frases de falas na noite anterior para uma apresentação, deixo abaixo para verem, no começo, eu a dizer “Olá a todos, espero que estejam a ter um dia agradável”, e irão ver que todos se riram bastante, pois eram 8 da manhã e estava tudo ainda meio a dormir! Mas eu tinha memorizado o texto todo, para encaixar a apresentação em 25 minutos (não divagar), e por isso deu origem a vários risos logo no começo:

Mas pronto, agora sabendo isto, já terão ideia de como eu sem nunca ter metido os pés numa universidade, fui para a Bolsa investir do nada sozinho, fazendo dinheiro, fiz subir acções na Bolsa, criei portais e/ou canais grandes de Bolsa, sistemas de trading que davam lucro, etc.

Estas coisas estranhas são normais numa pessoa estranha como eu.

Aliás, não só o fazer lucro, mas também o criar canais de discussão no IRC falados na rádio, sites de Bolsa, sem querer, fazer subir acções na Bolsa, criar trading systems, etc, parece ter a ver com um típico traço de Autismo que é o de tentar moldar o mundo a nós mesmos, ao invés de nos adaptarmos ao mundo que nos rodeia, e se virmos bem, sempre tentei moldar o mundo um pouco à minha vontade, de alguma forma.

Continuando com a Bolsa:

Um dia, o chefe dessa empresa, a empresa “Facovídeo”, o V.C., levou-me de carro a um local de trabalho, e falou-me todo contente que ia comprar acções da EDP, para fazer dinheiro.

Na altura falei-lhe: “O que dá dinheiro é investir em empresas com elevada taxa de rotação de bens”. E isto, tal como falei acima, surgiu-me na cabeça sem saber sequer como, simplesmente veio e eu falei.

Ele ficou feito parvo a olhar para mim, um iniciado em técnico de Electrónica, a dizer-lhe aquelas coisas sobre negócios, e disse-me: «Olha lá, se sabes tanto porque é que não és já rico?». E aquilo fez-me pensar. E pensei: «Ei, é verdade, porque raios estou eu aqui se posso estar noutros lados?». 😀

Eu estava cansado de estar ali (pois jogava pouco e estava lá mais pelos jogos hahaha), e era trabalho chato de reparações dentro de uma oficina escura e com cheiro a solda, e aglomerado de madeira por todo o lado no chão (das máquinas de jogos), etc.

E pensei: «Ei, ele tem razão, porque é que não vou para a Bolsa fazer dinheiro, e depois faço o que quero?».

E isto porque o meu lema principal de vida, sempre foi: “Se é possível, eu consigo!”. Sempre consegui fazer tudo o que quis, apesar de não ter terminado vários projectos que comecei (por falta de tempo abandonei vários ao iniciar projectos mais motivantes pelo meio). E claro, nunca quis fazer coisas impossíveis, ou pelo menos que eu achasse que eram mesmo impossíveis como as pessoas diziam! 😉

Dito e feito. Deixei a empresa em finais de 1998.

Deixo um pequeno vídeo em que expliquei o que me levou a ir para a Bolsa na altura:

Mas fiquei ainda uns tempos a andar de skate.

Eu adorava andar de skate, podem ver como eu era nos anos 90 aqui:

Adiei um pouco a decisão, mas em Março de 1999, eu já não ganhava dinheiro e tinha gasto o dinheiro todo sem skates e a dar à minha mãe (sempre ajudei os meus pais com o dinheiro que ganhava nos cursos e trabalhos na altura), e só tinha 100€.

E falei ao meu pai (que Deus o tenha), que ia começar na Bolsa, e ele falou-me que podia guardar os meus 100€ que ele me emprestava 500€ para eu começar com 500€ e não 100€. E eu falei-lhe «Ok, vais ver que no fim do ano destes 500€ já tenho 1000€», ao que ele me respondeu: «Quero ver isso!!!» a sorrir. Ele nunca imaginou que no fim desse ano ia não com os 1.000€ mas 100.000€, em 9 meses de trading…

Ele ficou todo contente e levou-me à agência da Nova Rede na Elias Garcia na Amadora, foi a primeira conta onde investi, e que era o mesmo banco dele. Guardo estas memórias com carinho, mas notem que eu nem gosto de investir, era mais o objectivo e novidade da coisa que me motivava, e não tanto o dinheiro, pois nunca liguei ao dinheiro, mas eu adoro aprender, foi o desafio em si que me motivou.

As minhas primeiras compras, foram Colep e Cimpor, e até fiz um vídeo em tempos, a falar sobre isso, numa playlist que deixo no fim desta página, chamada de “Reminescências de um Trader Português”, e no vídeo explico que na altura só podia vender x dias depois da compra, o que me lixou os planos inicialmente:

Mas eram tempos maravilhosos de aprendizagem. Relembro que o que mais me motiva é o aprender algo, e experimentar coisas novas, e não o dinheiro. Não ligo a dinheiro hoje em dia, não gosto assim tanto de Bolsa como parece, mas adorei aqueles tempos em que era tudo novo para mim.

Mas as condições eram duras, a Internet era má, só podia vender x dias depois da compra, e pior, não tinha acesso a cotações!

Existiam sites como o InvestirSeguro que davam cotações de 15 em 15 minutos na Internet, mas antes disso, logo no começo, eu baseava-me nas cotações EOD (End Of Day), que via no teletexto da televisão e até nos jornais que comprava.

Que saudades desses tempos! Juro! De ir ver ao tele-texto a uma certa hora, a ver se as cotações já tinham aparecido! Porque antes disso, só mesmo pelos jornais, onde colocava as cotações num Excel, para fazer gráficos e tentar prever a evolução, sem sequer ter estudado ainda Análise Técnica. Mas o tele-texto veio ajudar ao processo, pelo menos a poupar dinheiro.

Tenho a ideia de que havia um jornal que saía de tarde já com as cotações desse dia, mas parece-me impossível tal coisa, acho que via as cotações do dia seguinte no começo e que só com o tele-texto comecei a ter acesso às mesmas no próprio dia!

Criei um vídeo até sobre isso das cotações de jornais e teletextos:

Eu entretanto fui convidado para ir trabalhar como informático na Câmara Municipal da Amadora, no Departamento de Obras Municipais, que estava a uns 100 metros da minha casa! Era excelente, era um local giro para trabalhar, mas teve as suas desvantagens.

Mas fui chamado porque na altura, entraram muitos “boys” de certos partidos para a câmara, mas o meu chefe de secção, que tomava conta do Gabinete de Estudos e Planeamento, não era desses partidos, e por isso exigiu que fosse um informático nomeado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional da Amadora (I.E.F.P.), e não um boy qualquer de um partido que não soubesse da matéria como ele desejava.

E o IEFP recomendou-me a mim, devido aos exames psicotécnicos que tinha feito por lá, e por saberem que gostava de Informática.

E assim, comecei nesse ano um estágio de um ano nessa câmara municipal, apesar de me ter sido dito que ficaria lá depois, fui o único das centenas de pessoas a entrar nesse ano, que não eram de nenhum partido, pelo que me falaram. 🙂

Sobre psicotécnicos, sempre me falaram que tinha um cérebro virado para a Matemática, e isso fez com que tivesse sempre aproximações à solução de problemas, algo matemáticas.

Dito isto, gostava de vos dizer como definia as minhas metas de ganho, num vídeo que fiz em tempos:

Sim, era como disse no vídeo, eu definia metas diárias com base numa progressão geométrica de ganhos, para me forçar a estar sempre a fazer dinheiro, o mais possível. Foi em parte por isso que acabei no fim do ano com 100.000€ daqueles 500€ iniciais. Porque me obrigava a ir mais e mais longe.

Nessa altura, comecei a andar pela Internet, e lembro-me que cheguei a usar a Internet da Clix, e da NetCetera, etc, e quando trabalhava na câmara municipal, não gastava muito, mas mais tarde quando saí da câmara (outra história para mais adiante), lembro-me que chegava a gastar 130.000 escudos (uns 650€ nos dias de hoje sem ter em conta a inflacção, pois seria ainda mais), só para ter a Internet a funcionar durante o tempo em que investia.

Foi nessa altura, que existiam uns programas que pagavam para navegarmos na Internet, com umas barrinhas de anúncios activas!

Escusado será dizer, que eu as usava e cheguei a ganhar uns 1000€ por mês (que davam bem para pagar as contas telefónicas), numa altura em que elas pagavam mesmo para navegarmos na Internet (teve a ver com o Boom das tecnológicas no Nasdaq nessa época), mas ninguém acreditava que isso acontecia! E entretanto eu fazia dinheiro, e chegava a meter cheques na Internet para verem que era verdade, como a AllAdvantage, a Spedia, etc.

Escusado será dizer que só agora, 15 a 20 anos depois, é que as pessoas começaram a acreditar, numa altura em que elas já não pagam nada lol. É sempre assim, é sempre quando as pessoas necessitam, que querem acreditar em tudo e mais alguma coisa, mas quando as coisas davam dinheiro, ninguém acreditava. 🙂

Deixo um vídeo a falar disso nesses tempos, chamado de “Os programas que pagavam para navegar na Internet”:

Enquanto estava na câmara fui fazendo dinheiro, mas não como daytrader, mas sim posições para os dias seguintes, até porque tinha de vender x dias depois, e na câmara não tinha Internet e não podia negociar.

Foi nesse ano que aderi à BigCorretora, uma corretora que nos permitia comprar e vender no próprio dia, logo instantes após a compra, o que era fenomenal! Fui um dos primeiros clientes dessa corretora, e estimo que tenha dado uns 15.000€ a 20.000€ em comissões à mesma nesses meses, até porque eu atingi um volume de negócios na ordem das dezenas de milhões de euros (somando todas as compras e vendas que tinha, obviamente não tinha tanto dinheiro).

Ela agora chama-se de BigOnline, tendo mais tarde experimentado outras como Servimédia (do Grupo BCP), que se tornou depois ActivoBank7, etc, por causa dos lotes, uma informação importante para quem investia, para sabermos quanto era a compra e venda acima do preço actual (a pressão compradora e vendedora).

Passei este tempo todo a investir sozinho, e só perto do Natal de 1999 é que finalmente fui para o IRC, através do software Mirc no Windows (muitos até chamam ao IRC de Mirc), e foi aí que me registei e a história ainda melhorou.

Antes de ir para o IRC, comprei também o Metastock, o meu primeiro software de análise técnica, e recordo que o comprei com o livro “Technical Analysis from A to Z”, que de facto não necessitava, mas guardei na minha colecção de livros, porque o vendedor que visitei para comprar o software, me perguntou se o desejava também, que tinha lá uns quantos num caixote, ele era o importador em Portugal desse software, vivia perto do Areeiro em Lisboa. Penso que me custou por volta dos 75 contos (uns 375€ em dinheiro da época) na altura.

Mas o Metastock foi altamente importante para mim, e para a minha entrada no desenvolvimento posterior de trading systems.

Também frequentava o fórum BolsaPT apenas como utilizador como se nada fosse, e cheguei lá a partilhar que a Telecel iria subir, antes de ela de facto subir. Mas as pessoas ligavam mais a quem tinha opiniões mais exóticas.

E com isso refiro-me a um suposto “guru” que nasceu só porque falava nas exóticas velas japonesas, e que as pessoas pensaram “Uau este percebe disto” e seguiram-no até aos dias de hoje. 😀

Foi nesses tempos que nasceu o tal Guru só porque no meio das previsões todas que fez, calhou que tivesse acertado umas 6 ou 7 vezes seguidas a progressão da acção no dia seguinte, apenas com base em Japanese Candlesticks (o que por si só era estúpido pois como é óbvio não devemos tentar prever evolução de preços só com base em velas Japonesas, mas o tal Guru achava que sim), mas as pessoas acharam aquilo algo de muito complicado no meio de tanta ignorância, e assim nasceu assim um guru hahaha, falo disso mais abaixo, que deu origem ao fórum super famoso do caldeirão.

Mas curtia o PortalDeBolsa, posteriormente ClubeInvest, do Pedro Miranda, esse tinha artigos excelentes na matéria, era um bom portal. E eram os tempos do “Xpeculator”, eram bons tempos. Ou até o OnBolsa do Pedro Caldeira, havia vários na altura, bons tempos!

Deixo aqui um vídeo sobre os tempos em que nasciam gurus que nem cogumelos, qualquer pessoa que soubesse vender a sua imagem com teorias novas que ninguém conhecia, era chamado de Guru. Tal como falei, houve um que só porque acertou 6 ou 7 dias seguidos sobre se uma acção iria subir ou cair através das velas Japonesas. E isso é mega ridículo, mas ele acreditava nisso, e como acertou x dias seguidos, teve montes de gente a segui-lo como se ele fosse um génio da Bolsa.

Escusado será dizer, que se forem ver mais tarde, teve problemas com rentabilidades. Pois não existem Gurus de Bolsa, e quem deixa alimentar uma ideia de que é um super-guru, estará a ser desonesto para consigo mesmo e para com os outros.

Antes de falar do tempo do IRC, deixo um vídeo sobre esses “Gurus da Bolsa”, com o título “Quando os Gurus nasciam como cogumelos” hahaha:

Mas vá, em Dezembro de 1999, no fim do milénio, comecei a passar mais tempo na Internet, e foi aí que criei o canal #Dinheiro, do qual mostrarei um vídeo mais tarde a explicar como nasceu e caiu.

Aproveito para dizer que o meu nick, veio da mistura de várias coisas. Do jogo da playstation que adorava jogar “Crash Bandicoot”, do “Crash” das Bolsas, e do filme “Hackers”, onde havia uma personagem de nome “Crash Override”, que foi até um dos meus messengers da Hotmail, diga-se de passagem.

Foi um nick assim nascido de VideoJogos, Hacking, Filmes, e Bolsa, quatro coisas que gostava.

Ainda mantenho o nick vivo na PTNet em pleno ano de 2021, podem vê-lo aqui, apesar de só me ligar uns 10 minutos por ano, podem ver que tem uns 6 anos online, fruto daqueles tempos, em que tinha o nick online montes de tempo. 🙂

Mas de momento vou apenas explicar, que no canal #Bolsa, do qual fui operador mais tarde também, bem como alguns outros vencedores do Netbolsa 2000 que conheci no jantar de gala, existia um operador, que era o “TheDuke”, que era altamente, mas tinha regras rígidas, como não podermos usar cores nas mensagens!

E isso irritava-nos bastante, era o tempo do MIRC, onde existiam 1001 scripts para o Mirc, que nos permitia mandar piadas, fazer desenhos com cores e outras coisas mais. Mas o TheDuke não permitia, e para termos alguma liberdade, criei o canal paralelo #Dinheiro. 😀

Antes de continuar a falar sobre o canal, tive de sair da Câmara Municipal da Amadora. É engraçado que uma ex-colega me falou uns 10 anos depois, que no meio de tanta centena de “boys” que entraram em 1999, o único a sair fui eu que nunca fui boy nem tinha partido, todos os que tinham partido ficaram lá. 😀

Mas o que se passava é que eu por vezes estava aflito porque tinha ideia que uma acção ia cair, e na câmara não tinha liberdade para correr aqueles 100 metros para ir a casa vender as acções, e acabei por perder lucros enormes com isso. Uma vez podia ter feito uns 70% salvo erro de lucro na Compta, onde tinha metido tudo, e quando saí do trabalho já após as 16h, já apanhava pouco dos ganhos pois já tinha atingido o pico e caído.

Eu expliquei assim ao chefe que não dava mais, pois eu estava a perder dezenas de milhares de euros, para estar a trabalhar num local, onde nunca poderia ir mais longe do que a carreira técnico-profissional (pois eu só tinha o 12º técnico-profissional de Informática de Gestão, dado que sou auto-didacta e só o terminei porque não queria ir à tropa), e estava a perder rios de dinheiro por um trabalho que não era bem pago e que ainda por cima nem podia investir na Bolsa.

Acabei por sair. Foi pena, porque por acaso gostava mesmo muito daquilo, mas gostava ainda mais da vida na Bolsa, e os ganhos, etc. E não queria arriscar-me a perder mais potenciais ganhos.

Foi mais ou menos após o pico na Compta que saí, salvo erro.

Falo sobre isso neste vídeo abaixo, onde podem ver que chegava a ter em horas mortas, de ouvir uma música que vinha com o Windows 98, e ver uma animação de um macaco, para não ficar maluco, pois havia dias em que eu não tinha trabalho (pois o meu trabalho era específico e tinha a ver com a automatização de certas tarefas e havia dias parados), e ficava a olhar para a parede, com um computador, sem Internet, etc!

Espreitem o vídeo se estiverem curiosos:

Agora sobre o canal #Dinheiro!

Nesse canal fui criando sem querer, fama e reputação, pois eu dizia que algo ia subir, depois esse algo subia.

E eu no começo comecei a fazer por brincadeira, eu comprava algo, e dizia “Tertir vai subir!!!” e depois as pessoas viam aquilo a subir. E tanto acertei que as pessoas começaram a ir ao canal, e a seguir as minhas recomendações.

Nessa altura apareceram mais tarde outros como o maquinista, que quando o conheci era ainda um iniciado, e que até falou na rádio sobre o darmos opiniões no canal, etc. É a tal coisa, enquanto eu tentava ser o mais anónimo possível, havia quem vendia a sua imagem e tentava ir longe, ele depois andou nas corretoras, mas não vou contar o que lhe sucedeu. 🙂

Mas comecei a ter mais e mais pessoas no fórum, o #Bolsa ficou pequeno e o #Dinheiro enorme, chegando a ter 400, 500, 600 pessoas em simultâneo à espera das recomendações, e de repente eu dizia “a Sumolis vai subir” e zás, estava a subir.

Comecei a criar assim subidas artificiais na Bolsa de Valores de Lisboa.

E é engraçado que sem querer, com esta brincadeira, fiz subir acções 75% em 2 ou 3 dias, como Sumolis, Tertir, e várias outras.

O poder era tanto que chegámos a fazer a Portugal Telecom subir, algo complicado por ser de alta liquidez.

Eu nem tinha ideia de que isso seria considerado crime de especulação imobiliária, mas eu nem fazia por maldade.

Eu tenho provas de que por exemplo, comprei Tertir num dia após meses de completa estagnação, em que a comprei a preços que rondam entre os 0% e os 3% ou 4% de subida (com o meu dinheiro), e ao dizer “Tertir vai subir” já estava a dar a ordem de compra, e começava eu já a subida artificial, e vinha tudo atrás.

No fim do dia subia já 15% ou 20% etc, e no dia seguinte as pessoas achavam que havia algum rumor e iam atrás. 😀

Ou seja, no começo eu previa as evoluções realmente na Bolsa, mas depois a dada altura, nem precisava prever tanto, pois já me divertia a criar eu mesmo as subidas na Bolsa, iniciava-as com dinheiro meu e o pessoal que me seguia vinha atrás, centenas delas por vezes.

Um exemplo giro foi chegar ao fim do dia, sabendo que tinha feito subir a Sumolis, e ver na televisão dizerem que «Há rumores de que o ancião da família detentora da Sumolis pode estar a morrer, e que isso fez subir a acção», e eu ria-me com um grande “HAHAHA”, pois eu sabia muito bem que não tinha nada a ver com isso!

Mas é a tal coisa, o pessoal pensa “há aqui smart money”, ao ver algo a subir inesperadamente, e surgem rumores, de que é devido ao ancião da família, ou xpto.

E a dada altura comecei a achar piada às subidas que criava na Bolsa, para ver o que é que os jornalistas iam inventar na tv no fim do dia.

Nós saíamos depois no 2º ou 3º dia com a perda de momentum, e pronto. Era bom para todos.

Ou seja, deixei por vezes de seguir o meu “instinto” para eu criar as minhas próprias subidas.

Lá está, a cena que falei típica em autistas, do: “Para quê adaptar-me à Sociedade, se a posso moldar à minha vontade?”.

Claro que isto tem limites, e não fiz por mal. Hoje em dia isso seria considerado errado, mas eu nem tinha bem a noção do que fazia. E ajudei muitas pessoas por lá desta forma.

Antes de continuar, vou referir que estive para ganhar perto de 500.000€ num só dia, mas devido a uma jogada de bastidores, não consegui meter os 100.000€ que queria meter na Reditus antes da sua operação harmónio em Março de 2000, porque ela saiu de cotação dias antes do esperado, e só lá tinha 10.000€ ainda. Assim o meu recorde num dia foi apenas de 45.000€, e não de 500.000€ como desejava.

Fica uma imagem da época abaixo:

Esse dinheiro gastei-o num terreno que comprei para o meu pai, chamei-lhe “O Terreno da Reditus”, pois ele adorava ter esse terreno, e assim ao menos em vida ainda lhe dei algo que ele desejava, um terreno nas traseiras de uma casa que ele tinha em Sesimbra.

Nunca vendi o terreno até aos dias de hoje, em homenagem a ele, pois na minha cabeça, o terreno é dele.

Para mim, o terreno, é um pequeno santuário para gatitos abandonados, é um local vedado onde podem dormir à vontade sem ninguém os atacar, cheio de vegetação e com um pinheiro bonito. 🙂

Agora, o Panoramix (Ulisses), ficava irritado ao ver-me um dia dizer “A Acção XPTO vai subir!!!”, e de repente a acção subia, e ele lá dizia “Mas subir porquê, baseado em quê, porque dizes isso?” hahaha.

E eu pensava «Epá, está mas é calado e deixa-nos brincar à Bolsa». Até porque na minha cabeça, uma pessoa que achava que uma acção ia subir só derivado apenas de padrões de velas japonesas, não merecia assim tanta consideração. E ignorava.

Mas é facto que ele é que veio a ficar famoso como “super-guru” da Bolsa. 😀 Eu nem merecia pois abandonei aquilo (falo sobre isso mais tarde), e sempre tentei permanecer o mais anónimo possível, até tendo faltado a jantares do pessoal do #Bolsa e #Dinheiro. Por isso muitos só se lembram do nick “Crashh” e não da minha pessoa, pois poucos souberam na época quem eu era realmente, e ainda menos me conheceram ao vivo, como os vencedores do Netbolsa 2000, como o LionHeart, o SemiDeus16, etc.

Mas não deixa de ser curioso como no meio de uns 5000 concorrentes, 3 premiados eram operadores do canal #Bolsa, isso revela que o pessoal que conhecia a Bolsa nacional estava em parte ali naqueles canais de IRC…

O Ulisses nunca me conheceu ao vivo, até porque eu no Netbolsa 2000, que durava salvo erro 4 semanas, joguei a 1ª semana, fui quase 2 semanas de férias, e regressei a tempo da última semana, e eu já ia no meio de quase 5000 concorrentes, na posição 3000 e tal (por estar sem fazer nada há duas semanas), e dava para ver os que estavam próximos de nós, e vi lá perto de mim nessa posição o Ulisses Pereira (panoramix). Por isso sei que ele não ficou muito bem posicionado aposto, tanto que não o vi no Jantar de Gala do NetBolsa, quando lá fui.

Nessa última semana recuperei como era meu hábito, com “todos os ovos no mesmo cesto”, e arriscando ao máximo. Sendo o Big Mover final com ganhos enormes.

O meu prémio do NetBolsa 2000 foi um bonito Compaq Presario Multimédia (portátil), que ainda tenho mais a sua caixa de cartão. Que bons tempos!

Só voltei a participar num concurso uma vez, lá para 2006 ou 2007, do Jornal de Negócios, em que apostei com tudo no mesmo cesto no Ouro, e tinha o nick “The Saint”, e estive mesmo no topo, em 2º ou 3º no penúltimo dia, em que se estivesse parado teria ganho o 1º lugar (porque eles caíram), mas como me estava nas tintas para aquilo nem quis mexer na posição, e no dia seguinte tinha perdido o lugar, e chateado, pensei “Se não fico em 1º hei-de ficar em último”, e abri muitas ordens seguidas a perder, perder, perder, perder até ter uma rentabilidade de uns 99,9% irritado com tudo.

Se alguém do negocios.pt for a ver o “The Saint” desse ano, verá que era eu. Irritei-me com aquilo, e pronto. Se não tive o 1º, tentei ter o último. 😀

Mas poderão ver também que um amigo meu, que ficou em 7º salvo erro, esteve a jogar mal grande parte do tempo, e que de repente foi ao topo apostando em Ouro (como eu recomendei), e ficou quieto no penúltimo dia, e ganhou um prémio. Fui eu que o levei a apostar no ouro e ficar no topo.

Mas fiquei muito desapontado com essa pessoa, pois ele depois não admitiu a uma amiga que tínhamos em comum, que fui eu a recomendar-lhe comprar o ouro e que foi por minha causa que ele foi premiado.

Fique na dúvida se ele se iludiu a ele mesmo e passou a acreditar na mentira, ou se o fez mesmo por se estar nas tintas para o que se passou e a ajuda que lhe dei.

Mas é a tal coisa, eu sempre soube como era o ser humano, por isso não levei a mal. O ser humano é isto mesmo, nunca me desaponto.

Mas foi o único em que ainda participei só para ver como era, e estive no topo. Nick “The Saint”, no penúltimo dia. 🙂

Mas não se compara ao Netbolsa 2000…

Mas continuando.

A dada altura, ouvi falar do concurso NetBolsa 2000, o maior concurso de Bolsa nacional. Não tinha nada a ver com o “Jogo da Bolsa” do Jornal de Negócios, que é algo bem mais pequeno, e menos importante.

O NetBolsa exigia que cada um de nós pagasse salvo erro uns 50€ ou 75€ pela inscrição, para poder participar.

E o primeiro prémio era um BMW Z3, e depois tinha prémios mais pequenos, mas acima dos prémios mais pequenos ainda existiam prémios como portáteis multimédia Compaq Presario, um dos quais ganhei eu.

E o concurso tinha a ver com investir em Futuros.

E eu pensei: «Ei, isto é uma boa oportunidade de aprender a investir em Futuros”.

E assim fui para lá, aprendi rápido como tudo funcionava, joguei na primeira semana, fui de férias, e quando regressei, ainda havia uma semana de trading à frente, e recuperei terreno perdido, e ainda consegui ser um dos vencedores.

E na altura sucedeu algo muito giro…

O meu nome não surgiu no site, mas surgiu no jornal, porque eu na altura vivia do daytrading, e meti na profissão “Bolsa”, e eles tinham receio que eu trabalhasse para eles, porque era proibido jogar se trabalhasse para a B.V.L. ou B.D.P. (ou quem sabe C.M.V.M.), e não me meteram no site, mas quando me telefonaram expliquei que era daytrader, mas não trabalhava para eles, e assim já me meteram no jornal.

Podem ver a explicação e até o jornal neste vídeo, chamado “O Concorrente Fantasma do Netbolsa 2000”:

E claro, houve uma cerimónia de entrega de prémios na Bolsa de Derivados do Porto, na Avenida do Boavista na altura, e o que eu desejava fazer na realidade, nem era ir ao jantar de gala, com presidentes de empresas como Pararede, bancos e corretoras.

A minha intenção era sempre ser 100% anónimo, ninguém saber quem eu era, até porque na altura compreendi que andei a manipular acções na Bolsa de Valores por brincadeira mas que isso era ilegal, e achei melhor deixar-me estar anónimo, e isso aliado ao facto de eu nunca querer saber de vaidades e de me gabar, etc, viveria muito bem sem ninguém saber quem eu era, e pronto, quis ser anónimo. Só em 2018 é que comecei a revelar em vídeo no YouTube o que fiz no Passado. 🙂

E assim quis ir ao Porto, de carro, de tshirt, na maior, e levei a minha mãe e irmã para passearem por lá comigo. Eu queria ir levantar o prémio e ir embora.

Mas as coisas não correram como planeei!

E com isso, nasceu o vídeo abaixo, que conta a divertida história de como eu fui ao jantar de gala do Netbolsa 2000, de tshirt, e ter uma noite de luxo enquanto… E mais não digo, explico no vídeo de nome “Quando fui a um jantar de gala com presidentes de bancos e corretoras, de tshirt!”:

E pronto, passados uns dias, no Diário de Notícias de 7 de Julho de 2000, página 17, fora outras publicações, lá apareci.

Quero ver se um dia recupero as fotos do evento, que me deixam saudades, adoraria tê-las, a ver se contacto um dia os intervenientes para as obter.

Quando fui ao Porto, foi-me dado um panfleto com umas casas muito giras, o qual mostro no vídeo abaixo, e foi aí a primeira vez na vida em que desejei comprar uma casa. Comprei uma mais tarde no Porto, mas não essas do panfleto, mas explico no vídeo que é engraçado, de nome “O Ninho, a primeira vez que quis comprar uma casa no Porto”:

A que comprei anos mais tarde, tinha uma vista linda, que mostro abaixo:

Gosto de dizer que o meu escritório é este (foto de 2024-06-24 durante as festas de São João):

2024-06-24 - Eu no meu escritório durante as festas de São João no Porto...
2024-06-24 – Eu no meu escritório durante as festas de São João no Porto…

Com um pouco de chuva fica mesmo como um conto de fadas:

E nos dias do saudoso Red Bull? Há melhor vista?

E nos fogos de artifício? 🙂

Comprei a casa no Porto de qualquer das formas. Enfim, continuemos. 🙂

Mas eu não ligo minimamente ao dinheiro, este foi o único luxo que quis ter, esta vista, nada mais, de resto nunca me esforcei por fazer dinheiro como todos os que me conhecem sabem bem, tendo até feito muitas coisas de graça pelos outros.

Agora, porque deixei a Bolsa?

Nesse ano, o meu pai já ia salvo erro no 5º ou 6º ano a combater uma doença incurável. Quando ele descobriu que a tinha vários anos antes, o médico nem sabia como é que ele tinha algo supostamente há décadas, sem ter desenvolvido muito.

Provavelmente devido aos hábitos saudáveis do meu pai, em que até comia um dentinho de alho todas as manhãs. Mas no começo dos anos 90 surgiu o Continente e outros hipermercados, e começámos a comprar mais chocolates, e produtos fumados (carnes fumadas), etc, que são coisas que causam cancro e outras doenças do género, como todos sabemos, e foi nessa altura que a dele se manifestou.

Em 2000, estava já em estado terminal, e eu fiquei muito mal de o ver a ir abaixo.

Um dia estava a ir para Sesimbra e levava no carro a minha avó (que Deus a tenha também) e madrinha, e a minha madrinha falou algo tipo «Gonçalo não tens medo disso da Bolsa de perder dinheiro?» e eu falei algo como «Claro que não! Nem Deus me pode parar!».

Dias depois, seja por castigo divino ou pela disquete dos vírus, aconteceu a “Sexta-Feira negra”.

Uma Sexta-Feira negra de Agosto de 2000, em que a Portugal Telecom caiu uns 10% devido a um erro qualquer, eu perder uns 20 ou 30 mil euros em Futuros PT, porque penso ter metido uma disquete com a minha colecção de vírus no PC uns dias antes, para ver o que tinha (disquete bem escondida, daí já nem me lembrar o que tinha), e nessa manhã fatídica o PC avariou, e eu fiquei a formatar o computador, instalar o Windows, Office, etc, sem telefonar para a corretora a pedir para ficar “quadrado” (fechar todas as posições). E assim só num dia devo ter perdido 20 ou 30 mil euros. Mas isso não era nada de especial para mim na altura, mas foi um mau presságio.

Mas o ver o meu pai a piorar, é que deu cabo de mim.

E já não conseguia investir. Na realidade nem queria saber do dinheiro para nada, e comecei a pensar que andei a perder tempo dia e noite agarrado ao PC a investir, em nome de dinheiro que era uma coisa que eu nem gostava muito, quando podia ter passeado com o meu pai e ter passado mais tempo com ele e não passei, e agora ele já não podia passear tanto e sair e eu já não ia muito a tempo.

Acabei por largar a Bolsa, já não tinha cabeça para pensar, investir, e se continuasse, iria perder dinheiro. Não é que isso me importasse, mas vi que acabou aí uma fase da minha vida.

Larguei o canal #Dinheiro, e até o #Bolsa (mas esse tinha os seus operadores a tomar conta), e deixei o #Dinheiro a dois amigos da Internet, o Daytrader e o CerealKiller.

Passados meses voltei ao IRC, e vi que as centenas de pessoas que o frequentavam, o haviam deixado, o DayTrader desentendeu-se com o CerealKiller, e levou pessoas para um canal só dele (acho que #MundoFinanceiro lol), o CerealKiller foi para outro lado, e o Panoramix nessa época, criou um fórum, o “Caldeirão de Bolsa”, e foi assim vender a sua imagem como guru da Bolsa no seu próprio fórum. Estava o canal #Dinheiro às moscas.

Fiquei algo desapontado, mas já nem queria muito saber daquilo, tinha o meu pai a lutar pela vida.

Explico a queda do canal neste vídeo abaixo, de nome: “O nascer e queda do famoso canal #Dinheiro do IRC”:

Ele acabou por ir parar mais tarde aos cuidados paliativos, e eu não podia estar com ele o dia todo.

E nessa altura também ainda era pouco “neuro-típico” e vivia ainda num mundo muito só meu.

E a maneira que arranjei para esquecer tudo, foi ir para a Novabase trabalhar. Porque um amigo de infância, o Rui, falou-me que estava numa empresa que crescia uns 50% ao ano, etc, de nome Novabase, e que queriam pessoas como eu, e eu achei isso um sinal do destino, e fui para lá. E é engraçado ser uma empresa que tanto vi na Bolsa e tanto comprei e vendi anteriormente.

E na empresa inventei uma história qualquer, de ter perdido tudo na Bolsa (o que não era verdade), para que ninguém me chateasse com a Bolsa e também porque eu na altura era pouco sentimental e não queria também contar a terceiros o que estava a acontecer ao meu pai.

Mas eu estava ao que parece a começar a ter uma depressão, já perto do fim da vida dele, e trabalhar ali ajudou-me muito. E cheguei a trabalhar 3 meses seguidos 16 horas ao dia, e em certas semanas 7 dias por semana, algo que nem era permitido, mas como eu tinha dito que era por causa de ter perdido dinheiro na Bolsa e em simultâneo ter o meu pai muito doente, o boss quis-me ajudar e deixou, em horas extra.

Mas na realidade era porque eu não conseguia lidar com a perda do meu pai que estava iminente.

Quando estive uns 3 meses a dormir umas 2 horas ao dia 90 dias seguidos, terminei essa fase ao adormecer numa reunião de tão cansado que estava, falo nisso neste vídeo, de outra playlist que tenho, que é a “Memórias de um IT Helpdesker”:

Mas isso ajudou-me muito a não entrar em depressão na altura.

E mais tarde, o estar nesse trabalho, ajudou-me bem mais do que os meus colegas da altura imaginavam, ou o meu boss.

Estar naquele local de trabalho ajudou-me a ultrapassar a depressão potencial de ter perdido meu pai, que acabei por perder já no começo de 2001.

E aquilo ajudou-me tanto que eu até dispensei os dias de folga por o ter perdido, pois deprimia-me menos estar ali a trabalhar do que estar sem fazer nada em casa.

Até telefonou um dia o “Peweb” para lá, por ter problemas com a Netcabo, e eu ter começado na 2ª Linha Especializada, pois antes de resolver problemas de redes por telefone, resolvia problemas a clientes individuais, que ninguém conseguisse resolver, era o que a nossa equipa fazia, e o Peweb ligou, e falei-lhe que era o Crashh, e quando ele me perguntou o que eu fazia ali, não quis dizer que era pelo meu pai, e lá contei a história de ter perdido tudo, o que não é verdade, mas na altura pareceu-me a melhor opção, para evitar que me tentasse convencer a regressar ao mundo da Bolsa.

Mas parecia que o destino queria que eu voltasse à Bolsa, e isso ajudou-me a pensar nos sistemas de trading. E ia tendo uma recaída com o Forex lá para 2005 e já em 2003 revelava sinais disso, ao criar trading systems e voltar a falar na Bolsa aos amigos e colegas de trabalho…

Nesses tempos da recaída, comecei por experimentar uma corretora das piores, daquelas em que se arriscava dinheiro ao máximo:

Eu ganhei algum claro, mas foi só para experimentar, larguei logo pois investir com tanto risco é impossível a médio ou longo prazo.

Mas brinquei depois, tal como falo noutro ponto deste texto, divertia-me a transformar 1€ em 200€, e este é o histórico de um desses feitos, era um hobbie, uma espécie de jogo, em EUR/USD a 50/1. Como é óbvio com uma alavancagem tão alta, é impossível manter ganhos destes a longo prazo, daí ter sido mesmo só por diversão.

Deixo uma imagem da época, quando me divertia a transformar 1€ em 200€ e depois 1000€ na Oanda, mas tentava fazer com pouco dinheiro para não me viciar, mas me ia viciando:

Notem que como sempre, eu criava os meus próprios softwares de gestão de carteiras, com os seus gráficos, como podem ver na imagem, que criava esse software ao mesmo tempo que desenvolvia outro de gestão de stocks na altura.

E têm aqui o histórico desta transformação:

Antes de explicar o que fiz depois, quero dizer que eu comecei a olhar para a Bolsa uns anos antes de 1999, apesar de só em 1999 ter decidido entrar em força, vejam o vídeo abaixo para compreender, dos tempos em que trabalhava no Banco Nacional Ultramarino em estágio a ganhar 28.000$00 por mês (uns 140€), em Cabo Ruivo, antes de existir a Expo. 😀

Mas continuando…

Foi nesse local de trabalho que comecei a programar sistemas de trading com o MetaStock, e mais tarde linguagens mais poderosas.

Foi assim que mais tarde surgiu o sistema “G-System”, que menciono aqui:

Que mais tarde deu origem ao GFX-Trading:

E que mais tarde quis testar com o software MMAT original:

E que me levou a hoje em dia, em plano 2021, estar a desenvolver o mesmo software em C/C++ para testar o sistema e oferecer as suas fórmulas um dia a todos, nos próximos 1-2 anos:

Mas continuando…

O G-System desenvolvi em 2005, e até lá, aconteceram mil coisas divertidas que me levou a criar a playlist acima das “Memórias de um IT HelpDesker”.

Mas pelo meio veio o projecto BolsaPT…

A dada altura, tinha eu o BolsaPT parado há bastante tempo, e lá para 2006 decidi voltar a pegar nele.

Tenho um vídeo em que me apresento como o webmaster do BolsaPT, quando decidi deixar de ser anónimo:

«Quem é o WebMaster do BolsaPT»:

Decidi pegar no BolsaPT e trazê-lo de volta à vida, e se virmos bem, agora que o BolsaPT já tem 23 anos de existência, 15 desses anos já foram com o novo layout.

Deu trabalho, fiz tudo sozinho, e até os mecanismos de gestão automática de cotações, etc, programei tudo, mas abandonei a ideia de o renovar lá para 2018, ao ver que o artigo 11 e 13 (agora 15 e 17) que alguns incompetentes deputados europeus aprovaram, tinha sido aprovado, o que prejudicou muitos sites pequenos, e na altura abandonei o projecto. Quem sabe um dia o retome:

Mas durante anos e anos, ajudei pessoas nos fórums BolsaPT, CanalForex, etc, a aprender a investir, etc, usando muito o nick Crashh, muitas vezes com esta animação como avatar:

Cheguei até a escrever o “Livro da Bolsa – Vol. 1 – Introdução à Análise Técnica”, que seria para ser um de muitos, mas acabei por me ficar pelo primeiro apenas, por falta de tempo, que poderão verificar aqui, gratuito obviamente, como tudo o que faço:

Já viram que a capa do livro é a minha vista no Porto?

Eu sempre tentei permanecer anónimo, fui contactado por pessoas como o jornalista deste artigo da revista Sábado, mas nunca aceitei participar, mas vendo depois os exemplos de quem participou, ainda bem que não participei, teria ficado mal na minha mente o “grande Crashh” aparecer num artigo com este pessoal que se gabava de ganhar uns tostões, quando eu cheguei a ganhar (e perder) dezenas de milhares por dia. 🙂

O vídeo “Casos de Sucesso na Bolsa pela revista Sábado”:

Há muita coisa que não foi dita aqui…

Talvez um dia crie mais vídeos a explicar.

Este texto foi escrito à pressa em 2 ou 3 horas hoje, para ter algo no meu site pessoal a explicar o meu historial na Bolsa, enquanto “Crashh”.

Se lançar mais vídeos, estarão na playlist de “Reminiscências de um Trader Português”:

Alguns amigos dos tempos da Bolsa me dizem que sou “O Hippie da Bolsa” e porque raios não ganho dinheiro para mim, etc.

Eles não compreendem que o dinheiro não é tudo, no meu ponto de vista.

Há um que até anda de iate, e tem uma vida de luxo, e não lhe entra na cabeça que ande estes anos todos a criar coisas gratuitas.

Tenho andado nos últimos 20 anos a criar sites grátis, softwares grátis, seja freewares ou open-source, ser voluntário, etc.

As pessoas não compreendem.

Fiz um vídeo em tempo a explicar isso:

É que não consigo andar num carro de luxo com tanta gente a passar fome, não gosto de luxos.

Adoro Porsche, a marca em si, mas nunca andaria num. Mas sinto que nunca ninguém me irá compreender.

Uns dizem “Deus dá nozes a quem não tem dentes”, outros dizem que estou a ser apenas tolo, enfim.

Who cares? 🙂

No meu canal, e website, tenho lá outras coisas relacionadas com Bolsa, mas no Futuro vou-me dedicar mais à criação de software.

E videojogos, e etc.

Talvez um dia crie um software de jogar na Bolsa, quem sabe, um jogo. 🙂

Mas entre 2021 e 2022 quero é dar as fórmulas do sistema de trading “G-System”, o que fez 19.000% de lucro em 3 meses em EUR/USD em Forex, a todos, como forma de deixar algum legado na Bolsa a todos vós, antes de abandonar a área de vez.

Terei um livro a explicar tudo sobre o sistema, como o desenvolvi, como desenvolver sistemas iguais, como aplicar, as fórmulas, softwares de teste, etc.

Tudo!

Será a minha despedida da Bolsa.

A minha despedida da Bolsa em termos de fórmulas e sistemas, etc.

Porque em termos de dar “dicas”, não me fiquei por 2000, em 2018 no começo do ano, falei no LinkedIn que a BitCoin ia cair esse ano, foi a minha despedidas das dicas, um dia partilho isso aqui. 🙂

Mas nos próximos anos, oferecerei um sistema de trading espectacular ao mundo, será o meu legado nos trading systems, e a minha despedida da Bolsa.

Fiquem à espera. 🙂

2021-05-12.

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